O Silêncio das Águas - Brittainy C. Cherry

Oi vocês, 

Dando continuidade as resenhas da série Elements da Brittainy C. Cherry, hoje eu venho falar sobre O Silêncio das Águas penúltima obra da quadrilogia. 

Título Original: The Silent Waters

Autora: Brittainy C. Cherry

Tradução: Natalie Gerhardt

Páginas: 364

Editora: Record

Sinopse: Quando a pequena Maggie May presencia uma cena terrível à margem de um rio, sua vida muda por completo. A menina alegre que vive saltitando de um lado para o outro e tem uma paixonite por Brooks Griffin, o melhor amigo de seu irmão, sofre um trauma tão grande que acaba perdendo a voz. Sem saber como lidar com o problema, sua família se vê em uma posição difícil e tenta procurar ajuda, mas nenhum tratamento vai adiante. Ao longo dos anos, Maggie aprende sozinha a conviver com os ataques de pânico e, sem conseguir sair de casa, encontra refúgio nos livros. A única pessoa capaz de compreendê-la é Brooks, que permanece sempre ao seu lado. A cumplicidade na infância se transforma em amizade na adolescência, até que um dia eles não conseguem mais negar o amor que sentem um pelo outro. Mas será que o forte sentimento que os une poderá resistir aos fantasmas do passado e a um acontecimento inesperado, que os forçará a navegar por caminhos diferentes?

Em O Silêncio das Águas nós vamos acompanhar Maggie May desde sua infância até a vida adulta. A obra começa com ela pequena, aos 5 anos de idade chegando na sua nova casa. Desde que sua mãe a abandonou, seu pai está em busca de um final feliz e descobre isso com Katie, então os dois se mudam para a casa linda dela onde a pequena conhece seus novos dois irmãos Calvin e Cheryl. 

Maggie sempre foi muito “faladeira” típica criança extrovertida que não dava a mínima para que os outros pensavam dela, sempre com uma resposta na ponta da língua e enxergando o que há de melhor até no vizinho mais ranzinza. 

Já na primeira noite ela conhece Brooks, melhor amigo de Calvin que se torna o melhor amigo dela e vamos dizer... crush. Aos 10 anos de idade, Maggie decide que vai casar com Brooks no bosque perto de sua casa, ela planejou tudo, o local, a roupa dela, a roupa dele, as comidas e bebidas e estava mega empolgada para que o evento acontecesse. A principio Brooks odeia a ideia e nega de todas as formas que se casará com a criança mimada e birrenta, mas ele na verdade ele só está naquela fase onde todo garoto odeia garota. 

"Era isso que o amor verdadeiro significava para mim. Poder rir dos seus erros. Sussurrar segredos. Nunca ter que dançar sozinho"

Na noite antes do “casamento”, Maggie sai sem a autorização da mãe para se encontrar com Brooks no local, mas ele não está lá, ela começa a andar em busca dele e acaba se perdendo no caminho. É quando ela presencia uma cena horrível e acaba ficando com traumas permanentes, a cena, o estresse e o criminoso conseguiram roubar o que ela tinha de mais precioso na vida, a sua voz e liberdade. Depois desse dia, Maggie nunca mais conseguiu falar, sair de casa ou conviver com outras pessoas. 

"Você não pode simplesmente ler esses livros e achar que está vivendo. É a história deles, não a sua, e é de partir o coração ver alguém tão jovem desperdiçar a chance de escrever a própria história"

Essa fatalidade acabou com a família deles, a mãe sempre alegre acabou se distanciando e se culpando, o pai não consegue entender onde errou, a irmã mais nova passa a se rebelar para ter a atenção que nunca recebeu graças ao foco estar sempre em Maggie e apenas Calvin tenta seguir em frente com sua banda – que mantem desde sempre com Brooks e mais dois amigos.

"Nem tudo que está em pedaços precisa ser consertado. Às vezes, só precisa ser amado. Seria uma pena que só as pessoas inteiras fossem merecedoras de amor"

Assim como os demais livros da série, as narrações são feitas em primeira pessoa por Maggie e Brooks e nós conseguimos entender os demônios que rondam os personagens. Vemos tudo o que Maggie sofre, os pesadelos, crises de pânico e vemos também a família desmoronando ao longo dos anos. Eu achei esse o livro mais denso da série até o momento, mas nem por isso curti a obra. Até o momento foi o que eu menos curti.

A autora fez uma nota dizendo que esse foi o livro mais difícil que ela escreveu, pois também passou anos com sua voz silenciada por um bullying que sofreu na infância, ela não chega a comparar a dor dela com a de Maggie, até porque pela descrição foi algo extremamente diferente, mas nós também não temos como julgar a dor do próximo.

O que me afastou dessa obra foi o fato de que a autora trabalhou muito, mas muito mesmo nos traumas e nas dores da protagonista, ela incrementou tantas dores, tantos percalços entre o casal, que eu achei o final e como tudo se resolveu corrido. A forma como as coisas foram se ajeitando aconteceu “do nada”, achei que poderia ter menos drama e mais ação. Creio que por Brittainy se identificar com Maggie ela quis passar as dores da personagem de maneira verossímil, mas também acredito que não precisa ser tantos capítulos mais do mesmo. 

"A questão em relação às rochas é que, mesmo que sejam fortes, elas não são invencíveis" 

A obra fala sobre crime, relacionamento abusivo, abuso sexual e claro dramas familiares, são muitos elementos importantes e alguns foram jogados e resolvidos de maneira tão rápida que fiquei chateada. Não é um livro ruim, mas em comparação com os demais, também não é o melhor. Enfim, a leitura é ágil, como os capítulos são curtos é fácil se envolver na trama. Calvin e Cheryl adultos são os melhores personagens! 

Agora estou ansiosa para o ultimo livro da quadrilogia e espero que seja melhor que esse.

E aí, você já leu O Silêncio das Águas? Ficou curioso? Lembre-se de que adquirindo através desse link, você ajudará o blog a se manter no ar.

Beijinhos,