EC&M Entrevista - João Gabriel Brene

Oi vocês,

No início do mês eu postei a resenha de Johnny Bleas, que recebi em parceria com o autor e hoje eu trago a entrevista que fiz com o mesmo. Adianto que o João já topou e me mandou as respostas para nossa coluna de adaptações e as respostas estão incríveis! Então, conheça um pouco mais do autor.

Determinado a expor sua criatividade, a fim de promover o poder da imaginação, João Gabriel Brene, escreve e conta obras de ficção e aventura desde a infância. Formado em Design de animação, especializou-se em efeitos visuais e 3D, em Los Angeles Califórnia. Ao voltar ao Brasil se dedicou ao empreendedorismo, computação gráfica e seguiu sua carreira acadêmica buscando ampliar seus horizontes com um master em marketing e gestão comercial. JG Brene é amante da arte, fã de cinema e grande apreciador de vinhos e boa gastronomia.

Entre Chocolates & Músicas: Olá, para começarmos a entrevista, gostaria de saber, para você quem é João Gabriel e qual foi seu primeiro contato com a leitura?
J.G. Brene: Antes de mais nada, obrigado pela oportunidade de falar um pouco mais sobre minha obra! “ João Gabriel Brene é um mago. Demorou um pouco para encontrar a formula mágica de seus encantamentos. Mas como autor pode encontrar isso em seus livros. ” – Um amigo.
Não me vejo exatamente como um escritor, talvez como um contador de histórias fantásticas que crie emoções nos leitores. Meu grande objetivo é fazer o melhor possível superando-me sempre. Alcançar a excelência em cada livro, pois encontrei na leitura desde o meu primeiro contato com ela um mundo de magias e aventuras, que nada nem ninguém podia mudar!

EC&M: Um Novo Mundo é o primeiro livro da trilogia Johnny Bleas. Qual foi a sua maior inspiração para escrever essa obra?
J.G. Brene: Não sei bem de onde veio a inspiração para Johnny Bleas, me parece que a ideia já existia, bastava acessá-la. Alguns dizem que precisamos de experiências de vida para escrever, outros dizem que a inspiração já existe em nós, cada autor tem um perfil diferente, no entanto para mim é sempre uma nova aventura, basta ouvir a história em meus pensamentos.
Ao começar um novo capítulo, nem sempre sei o que vou escrever, mas geralmente sei onde quero chegar, o mais interessante desta experiência é desvendar como será o caminho. Acredito que todas as experiências de vida que tenho são complementares e me ajudam a escrever, principalmente por me levarem a novos desafios e jornadas, mas é o conjunto de vivências, fatos e informações percebidas que transformam minha perspectiva e maneira de ver o universo.

EC&M: Eu particularmente acho que fantasia é um estilo bem complicado de se escrever. Do mesmo jeito é maravilhoso poder criar seres e poderes é muito difícil fugir da mesmice. Como foi o processo de criação para cada personagem? E para Asterium?
J.G. Brene: Quando comecei a criar Johnny Bleas, pensei antes no mundo que a história iria acontecer. Precisava entender o que era possível e o que não era. Precisava saber como esse mundo era feito, quem habitava ali, como a magia funcionava, como a geografia iria influenciar a história, o clima, e principalmente como tudo havia nascido. Foi então que comecei a rabiscar os primeiros mapas de Asterium, começando com a capital Forhcore, que estaria no centro por um motivo estratégico, já que nos tempos antigos haviam muitas guerras.  Criar Asterium e os personagens principais foi fácil, tudo vinha muito rápido em minha mente. As ideias surgiam constantemente e tudo parecia fazer sentido. Para tudo havia uma explicação, percebi então que a criação de uma obra de fantasia funciona como um quebra-cabeça eu apenas coloquei as peças nos lugares certos. Contudo ao criar uma obra de fantasia deve-se estar atento a todos os detalhes. Criar um mundo demanda tempo e imaginação. Tudo deve “fazer sentido” para o leitor e para o desenvolvimento do enredo. É comum esquecer alguns detalhes, mas se o autor for capaz de se organizar ele poderá alcançar um bom resultado com sua obra.

EC&M: Quando você decidiu que estava pronto para publicar seu primeiro livro e quanto tempo demorou para a conclusão da obra? Você teve alguma dificuldade para publicar?
J.G. Brene: Essa é uma pergunta intrigante. Eu comecei a escrever Johnny Bleas aos 17 anos. E fui publicar somente aos 25. Quando comecei a escrever não via a literatura como uma profissão, escrever era apenas um hobby, algo que eu fazia por prazer. Mas quando alcancei os 23 anos de idade mais ou menos, percebi que deveria levar aquilo a diante e dar a oportunidade para outras pessoas se aventurarem naquele livro. Foi então que em poucos meses terminei o primeiro livro e fui atrás de uma editora. Foi aí que a aventura do João Gabriel começou, existem muitas editoras no Brasil, mas poucas prestam um serviço realmente bom. A competitividade neste mercado é grande, com pouco espaço para os novos autores. Dentre as editoras que se propuseram a publicar a obra a Editora Pandorga, foi uma das que mais simpatizei. Depois de bastante empenho, publicamos Johnny Bleas – Um Novo Mundo. O Primeiro livro da trilogia.  Agora a missão é encontrar boas editoras para fazer a publicação nos EUA e Portugal, o que já está acontecendo! Tenho certeza que em breve os livros estarão disponíveis em novos mercados.

EC&M: Você já está escrevendo o terceiro livro da série, o que podemos esperar para o segundo – ainda não lançado – e para a conclusão da obra?
J.G. Brene: No segundo livro. Johnny Bleas – O Núcleo da Montanha, eu realmente me surpreendi com o resultado. Nesta obra pude dar mais ênfase a alguns personagens que são essenciais para o enredo. O livro não apenas é muito maior que o primeiro, mas também é conduzido com mais mistérios, fantasia e a quantidade certa de suspense. O segundo livro fez com que eu me tornasse ainda mais fã de Johnny Bleas e o fantástico mundo de Asterium.

EC&M: Acho que todo leitor e autor têm uma ou mais inspirações no universo literário, quais são as suas?
J.G. Brene: Tenho um montão de inspirações!!! Na verdade, todos os livros, filmes e jogos que tratam de fantasia, aventura e magia foram essenciais para minha formação como autor. Apesar de nunca ter lido os livros o senhor dos anéis, pude assistir aos filmes e tenho certeza que o filme foi uma influência para a trilogia Johnny Bleas. Assim como Harry Potter, Nárnia, Nanny McPhee, Malévola, Piratas do Caribe, Stardust e The Golden Compass. Todos eles, filmes e livros tiveram certa influência.

EC&M: E por fim, deixe uma mensagem convidando os leitores para conhecer o mundo mágico de Asterium.
J.G. Brene: Em "Johnny Bleas - Um Novo Mundo", descobri um mundo mágico, cheio de mistérios e fantasias. Asterium, a dimensão onde a história se passa é um lugar onde sonhos não tem limites. Onde castelos, duendes e piratas são apenas o princípio. Como autor, devo admitir que sou grande fã do enredo, não somente pelo mundo cheio de aventuras, mas descobri também que o livro me ensinava coisas extraordinárias a cada página.
O livro 1 "Johnny Bleas - Um Novo Mundo", com certeza é indicado para todos os leitores, principalmente aqueles que ainda não tem o costume de ler, já que é um livro curto, de fácil leitura e intrigante. Convido a todos que se aventurem no fantástico mundo de Asterium, onde sonhos e aventuras se tornam reais.

Eu adorei entender um pouco mais do processo criativo do João e agora estou mais encantada ainda com Asterium.
E você, curtiu a entrevista?

Beijinhos,