1 Milhão de Motivos para Casar - Gemma Townley

Oi vocês,

Há um tempinho, eu comecei a ler no Kindle Unlimited, aliás, como casei e ainda não temos um espaço bacana para colocarmos meus livros, é o Kindle que vem salvando minha quarentena. Pois bem, Um Milhão de Motivos para Casar foi um romance que tinha tudo para me ganhar, mas bateu na trave. Confira a resenha :
Título Original: The Importance of Being Married
Autora: Gemma Townley
Tradução: Alice França
Editora: Record
Páginas: 392
Sinopse: Quatro milhões de libras. Para Jessica Wild, este é um valor que ela nunca mesmo, em seus sonhos mais loucos, conseguiria ter. Porém, é mais ou menos o quanto ganha quando sua amiga Grace morre e a deixa como herdeira. O único obstáculo entre Jess e a fortuna é um detalhezinho no testamento: seu nome aparece como Sra. Jessica Milton.
A questão é que... bem... Grace sempre perguntava sobre a vida amorosa de Jess. Ela, por sua vez, descrente no amor e na felicidade conjugal, acabou inventando um namorado — que viria a se tornar seu marido — de mentira. O sortudo foi Anthony Milton, seu chefe. E agora Jess se vê em um beco sem saída: a única maneira de conseguir a herança é se casar com Anthony. Em cinquenta dias. E sem que ele saiba o verdadeiro motivo.
Jessica então terá de usar todas as manobras possíveis para conseguir o sucesso da nova empreitada: o Projeto Casamento.


Um Milhão de Motivos para Casar foi escrito por Gemma Townley e foi lançado pela editora Record e traz a história de Jessica Wild. Ela é uma jovem publicitaria que foi criada pela avó e todo final de semana vai visita-la em uma casa de repouso. Após o falecimento da avó, ela segue visitando Grace, outra moradora da casa de repouso que se torna a sua melhor amiga. Jess seguia a rotina: todo final de semana visitava Grace e contava novidades de sua vida profissional. Diferente das outras jovens – por conta da educação que teve – Jess nunca deu importância para vida amorosa, porém, Grace achava isso um absurdo e vivia questionando quando nossa protagonista iria encontrar um grande amor. 



Foi então que Jess teve a brilhante ideia de fingir que estava em um relacionamento sério com Antony Milton, dono da agência na qual ela trabalhava. Era apenas a história perfeita para agradar sua melhor amiga e assim tentar com que ela parasse de questionar sobre seus “não encontros”. Acontece que Grace falece e deixa em testamento quatro milhões de libras para a senhora Jessica Milton e para que ela conseguisse recuperar esse dinheiro, Jess teria que apresentar sua certidão de casada. O que claramente não existia, então, ela tem 50 dias para seduzir, namorar e casar com Antony Milton e assim, honrar a vontade de sua melhor amiga.

“Romances, na minha opinião eram uma droga perigosa que transformava mulheres sensatas e independentes em adolescentes melosas e apaixonadas e isso nunca iria acontecer comigo. Não se eu puder evitar”

Confesso que eu amo um clichê, que adoro um chicklit e que sou apaixonada por histórias “água com açúcar”, e esse enredo teria tudo para me ganhar e me deixar feliz se não fosse pela falta de pulso da protagonista. Por ter sido criada por sua avó, ela possuía diversos traumas e problemas de autoestima a serem trabalhados. É compreensível que ela seja uma mulher machista e que achava que amor é para os fracos. Para Jess uma mulher forte é apenas aquela que vive em função da sua vida profissional, que relacionamentos não leva a nada e que não há necessidades em se arrumar. Eu concordo que mulher deve fazer aquilo que se sente bem e confortável. Quer se maquiar? Que faça. Quer ter uma carreira? Que tenha. Não quer ter filhos? Perfeito. O que eu sou contra é demonizar todas as outras que sonham em ter filhos, se casar de maneira tradicional (com aqueles vestidos que parece um bolo, sabe?). Não tem de errado, muitas vezes a personagem fala que usando um salto alto, maquiagem e com uma escova no cabelo, parecia uma piranha. Coisa que ela aprendeu com a avó que teve um relacionamento conturbado. 

“Mas esse é o problema dos contos de fadas – eles acalentam o coração, são reconfortantes e tem finais felizes, e mesmo você sabendo que a vida não é assim, é agradável fingir que aquilo é real, só um pouquinho”.

Fora esses pensamentos da personagem, outra coisa que me incomodou muito é que ninguém nunca respeitava suas vontades. Ela não queria mesmo se casar e deixou isso claro por diversas vezes, mas se calava sempre que Helen – sua melhor amiga – atravessava o assunto e resolvia os problemas por ela. 
Quando não era relacionado ao projeto casamento, era no trabalho. A desatenção dela me incomodou, achei que ela tinha uma personalidade muito fraca. E por mais que as pessoas possam achar isso comum em um chicklit, eu percebi que essa era um nível maior do que as demais que acompanho. 
Infelizmente, com esses pontos negativos, foi meio complicado seguir a leitura. Parecia que por muitos momentos, os pensamentos da personagem só serviam para encher linguiça, o que é uma pena, pois o enredo tinha tudo para ser ótimo.
Foi o meu primeiro contato com a escrita da Gemma e acho que fui uma das poucas pessoas que não conseguiu se conectar e divertir com o enredo. Infelizmente não funcionou comigo, mas se você já leu o livro, deixei aqui se curtiu ou não a história.

Observações: Eu não tenho o costume de fazer pesquisas antes de ler, então, quando estava programando essa resenha, descobri que a autora é irmã de Sophie Kinsella e que essa obra é a primeira de uma trilogia. Não sei se vou dar chances para os próximos livros, mas achei bem curioso que teve uma continuação.

Beijinhos,

8 comentários

  1. Se tem algo mais terrível do que pegarmos um livro com uma expectativa e ser decepcionada, desconheço. Já passei por isso diversas vezes, só nós sabemos o quanto sofremos.
    Não sou fã de romances em geral, mas imaginei que seria um livro engraçado pelo fato dela ter conseguido 4 milhões de libras com o nome de casada. Já imaginei a personagem fazendo mil planos para conseguir esse dinheiro. Mas é triste saber que uma personagem é representada desse jeito, com a autoestima baixa e machista. Acredito que todos tem sonhos e um jeito de levar a vida, precisamos respeitar todas elas.
    Se caso você decida ler a continuação, espero que seja surpreendida de um jeito bom <3

    https://bibliotecandoblog.blogspot.com/

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  2. Oi Ani!!

    Menina posso ser sincero, eu achei todo o plot do livro problemático, porque ela quer usar o cara para conseguir a herança da mulher, para mim já começou errado, ainda que ela "se apaixone" por ele e ela por ela, foi um começo ruim. E ainda tem o pontos negativos que você expôs sobre a protagonista reproduzir machismo, essa sem dúvidas teria sido uma leitura ruim para mim rsrs

    Beijos!
    Eita Já Li

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  3. Olá, tudo bem? Nossa, a premissa desse livro é bem bacana, então é uma pena que tu não tenha sido conquistada pela história. Tinha tudo para ser uma história divertidíssima. Adorei a resenha sincera!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  4. Eu também estou amando o unlimited <3
    E poxa, apesar de amar clichês - leio quando quero distrair a cabeça - acredito que também me incomodaria um pouco com as ações da personagem rs.

    Sai da Minha Lente

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  5. Nossa é uma pena quando a obra acaba indo por esse caminho, eu sinceramente nunca ouvi falar do livro mais pelas suas ressalvas acredito não o ser o tipo de leitura que desenvolveria, entretanto adorei sua resenha e opinião sincera sobre o mesmo.

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  6. Fiquei sabendo dessa obra anos atrás, mas acho que nunca parei para ler uma resenha da mesma. Uma pena que o livro não tenha te conquistado, mas acredito que eu teria o mesmo sentimento que você durante a leitura.

    Beijos,
    Blog PS Amo Leitura

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  7. Oi!
    Não conhecia esse livro, também adoro um clichê e leio bastante livro água com açúcar kkk, eles trazem mais leveza e são bem descontraídos. Quando não conseguimos nos conectar com um livro, parece que apenas assistimos as cenas sem nenhum sentimento, eu fico me criticando com isso, mas acho que é normal. Mas assim mesmo adorei ler sua resenha e obrigado pela sua sinceridade. Bjs!

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  8. Eu já tebtei ler um livro desta autora e confesso que foi um dos poucos livros que já abandonei na vida. Então entendo a tua frustração com a história, pq depois dessa experiência, nunca arrisquei ler mais nada dela.

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