EC&M Entrevista - Mary Simses

Oi vocês,

Acho que não preciso defender mais como eu AMO fazer entrevistas aqui no blog né? E essa minha cara de pau + Google tradutor está me dando oportunidades de conhecer autores internacionais incríveis!
Eles são super simpáticos, e sempre se mostram solícitos quando o assunto é Brasil. Claire Legrand já avisou que não vê a hora de chegar aqui  - e ainda me deixou ser um unicórnio também. A entrevistada de hoje é a querida Mary Simses, autora do Irresistível Café de Cupcakes.
Nesse post você encontra a versão em português, e clicando aqui, você vai encontrar em Inglês.

Mary Simses cresceu em Darien, Connecticut e começou a escrever histórias quando ela tinha oito anos. Na faculdade, ela se formou em jornalismo, preocupada que ela nunca poderia ganhar a vida como escritora de ficção. Mary trabalhou na publicação de revistas por alguns anos e depois voltou para a escola para se tornar uma advogada. Não muito tempo depois de iniciar sua carreira jurídica, Mary ouviu falar sobre uma aulda de ficção escrita em uma universidade próxima, em Connecticut, e decidiu se matricular. "A partir desse ponto,fiquei viciada"

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Entre Chocolates & Músicas: Antes da entrevista, agradeço a oportunidade de conhecê-la um pouco mais. Gostaria de ouvir de você, que é Mary Simses?

Mary Simses: Eu nasci em Connecticut, no norte dos Estados Unidos. Cresci e vivi lá quase minha vida inteira. É minha casa. Eu moro na Flórida agora, e gosto muito. Ser autora é na verdade minha terceira carreira. Eu estudei Jornalismo na faculdade e trabalhei uns anos em uma revista que tinha a ver com a publicação da mesma. Após isso, eu troquei minha carreira e me tornei advogada.
Depois de terminar o curso de Direito, eu trabalhei em uma empresa de advocacia de uma grade companhia. Eu fiz isso por quinze anos. Então Direito era minha segunda carreira. Enquanto eu trabalhava como advogada, eu senti a necessidade de escrever algo criativo outra vez.
Eu escrevia muito quando era criança na escola - quase tudo sendo historias curtas e poemas - mas ao passar do tempo eu desisti. Eu comecei uma aula noturna (uma vez por semana por três horas) em uma universidade local e foi isso. Eu me apaixonei por ficção outra vez. E agora estou na minha terceira carreira - como autora - e eu vou ficar por aqui!
Quando não estou escrevendo, eu adoro tirar fotos. Eu já tive muitos tipos de camera, desde de que eu tinha 7 ou 8 anos, então sempre foi um hobby. Eu adoro jazz antigo, e, claro, eu amo ler, principalmente ficção.

EC&M: Você é formada em  jornalismo e  direito,  você sempre gostou de escrever ?

MS: Sim. Quando eu era pequena, eu sempre escrevia pequenas historias e poemas, e desenhava fotos para acompanha-los. Minha mãe guardou umas coisas que eu fiz, e eu as guardo em uma caixa. Algumas são muito engraçadas. Eu também sou muito sortuda porque tive ótimos professores no caminho, que sempre me incentivaram.
Quando eu fui para a faculdade, eu nunca considerei ser autora porque eu acreditava que não conseguiria. Eu não tinha coragem. Então escolhi uma carreira mais pratica - jornalismo. Eu gostava, mas não era igual a escrever ficção.
Eu sempre adorei juntar palavras. Mesmo quando eu era advogada de uma firma, eu gostava dos contratos complicados, onde eu teria que fazer muita redação, porque eu gostava o processo de mexer com palavras e frases.

EC&M: Como foi o processo de criação para O Irresistível Café de Cupcakes?

MS: Sobre o processo, eu tentava ter um horário para escrever, mas nunca funcionou bem. Eu não escrevia todos os dias (também não faço isso agora). Alguns dias, eu escrevia um monte de páginas, outros só umas poucos e em outros nem tocava o computador. Eu e meu esposo temos uma filha (ela tem dezessete anos agora) e enquanto eu escrevia OICC, ela era mais nova e precisava de mais atenção. Eu também trabalhava na empresa, mas somente meio-período. Então havia dias que eu não tinha a a energia de escrever.
Até hoje eu escrevo no mesmo lugar da minha casa. No meu quarto, há um “cantinho” com uma banquette (um banco pendurado) em duas das três paredes e duas delas tem janelas, o que o torna um lugar claro e aconchegante. Eu sento na banquette com meu computador em uma mesinha e escrevo ali. As vezes, eu pego meu laptop, saio de casa e procuro um bom lugar pra escrever do lado de fora, só para mudar um pouco.

EC&M: Sobre a publicação da obra, quando você sentiu que estava pronta para publicar ? Aqui no Brasil, alguns autores sofrem para publicação dos seus primeiros livros, você teve algum problema para que isso acontecesse ?

MS: Sinceramente, eu não sabia se iriam publicar meu livro. Eu escrevi tudo muitas vezes, tentando deixar o mais perfeito possível. Eu ainda não havia chegado no próximo passo, de pensar em como fazer que ele fosse publicado, porque eu ainda estava revisando. Aí, uma noite, eu encontrei uma amiga que é esposa de um autor de bestsellers. Nós começamos a conversar e eu contei pra ela que eu trabalhei em um livro por dois anos e meio. Ela se ofereceu para ler o que eu tinha e eu estava muito animada. Eu dei uma copia na semana seguinte. Depois de ler, ela deu para o marido ler. Ele gostou, a gente se reuniu e me deu umas ótimas sugestões, e se ofereceu para mostrar-lo a seu editor. Foi o momento mais feliz da minha vida. Eu pensava, eu não acredito que isso esta acontecendo comigo! O autor é James Patterson.

EC&M: O Irresistível Café de Cupcakes é seu primeiro romance. Qual foi a inspiração para a construção do enredo?

MS: A ideia veio de algo que eu escutei na rádio. Uma mulher contou a historia sobre a sua vó, que estava morrendo, e como antes de ela morrer, ela disse, “Apague meu hard-drive.” Eu comecei a pensar o que estava no computador que ela não queria que ninguém visse. Isso me levou a ideia de uma mulher de oitenta e dois anos revisando a vida dela e sentindo que tinha que mudar algumas coisas. Mesmo que eu tenha usado uma carta em vez de um computador, a historia do hard-drive foi o que me fez escrever um livro.

EC&M: Ellen é uma personagem muito teimosa e objetiva, qual foi a inspiração para a construção de sua personalidade e dos outros personagens?

MS: Existia uma atriz Americana chamada Katharine Hepburn, quem eu amava. (Ela também era de Connecticut.) Ela atuava como mulheres seguras, cheias de vontade nos filmes que ela fazia, mas que também eram mulheres muito vulneráveis. As vezes elas pareciam mais fortes do que eram. Hepburn foi uma parte da inspiração para Ellen. Ela gosta de fazer que pensem que ela pode fazer tudo, mesmo que não possa, como na cena em qual ela quase se afoga no primeiro capitulo, quando ela diz a Roy que ela consegue voltar nadando sozinha.
Eu senti que Ellen precisava de um noivo bonito, exitoso, que sabia de política e de uma boa família, então eu criei Hayden. E depois, claro, eu precisava de alguém muito diferente de Hayden (gostava do ar livre, criativo com as mãos, de uma cidade pequena) para o personagem de Roy.

EC&M: Como você consegue conciliar as duas carreiras e ainda ter tempo para escrever?

MS: Felizmente, eu não tenho mais que fazer isso. Agora eu me concentro somente em escrever. Como eu disse antes, por muito tempo eu trabalhei como advogada e escrevi ficção (quase todas historias pequenas) “separado”. Tudo isso começou com a aula que fiz a noite na universidade, e eu consegui publicar cinco historias em revistas literárias nesse período, então meus esforços renderam. E escrever historias curtas foi uma boa pratica para o livro.

EC&M: Já tem algum novo projeto em mente?

MS: Eu tenho uma obra que vai sair no próximo verão. Eu estou trabalhando nas revisões finais agora. Ele tem uma mulher como a personagem principal e se passa em uma cidade fictícia pequena em Connecticut. A historia envolve romance, amizade, e uma velha tragédia que Grace, a personagem principal, tem que enfrentar.

EC&M: Se pudesse deixar uma mensagem para os leitores do blog, qual seria?

MS: Nunca desista dos seus sonhos. escrever ficção é algo que sempre amei, mas não tive a coragem de pensar que eu podia ser uma autora, então eu optei por carreiras mais práticas. Eu demorei em chegar no ponto que eu poderia der uma autora de tempo completo, mas eu cheguei. Tenha uma meta e siga tentando alcança-la. Nunca desista.


A Mary foi um amor e eu  já estou animada com a segunda obra dela! Espero que tenham gostado dessa entrevista.

Beijinhos,