TOC: Transtornada Obsessiva Compulsiva

Oi vocês,

Esses dias eu fui ao cinema (depois de muito tempo) assistir TOC – Transtornada Obsessiva Compulsiva, dirigido por Paulinho Caruso e Teo Poppovick, o filme é estrelado por Tatá Werneck e é uma boa comédia para o final da tarde. Agradeço à Barbara Demerov, do Cinematecando, pelos ingressos cedidos.
Confira:

Título: TOC: Transtornada Obsessiva Compulsiva
Direção: Paulinho Caruso e Teo Poppovic
Lançamento: 2 de fevereiro de 2017
Elenco: Tatá Werneck, Bruno Gagliasso, Daniel Furlan, Vera Holtz, Luis Lobianco, Ingrid Guimarães e mais.
Sinopse: Kika K. é uma atriz que está em novelas, campanhas publicitárias e é idolatrada por milhões de fãs. Mas, por trás das aparências, está em crise com sua vida pessoal e profissional, enquanto precisa lidar com as limitações de seu Transtorno Obsessivo Compulsivo. Kika se depara com Felipão, um fã obsessivo, um namorado galã sem noção e os compromissos profissionais marcados pela sua exigente empresária.

Depois de conseguir sucesso em uma novela, Kika K, começa ganhar destaque em campanhas publicitaria e ganhar milhares de fãs. Um de seus sonhos era lançar um livro de poemas. E ela consegue! Porém, não é um livro de poemas, e sim um livro de auto-ajuda escrito por um ghostwriter. Por mais decidida em não levar essa história a frente, a atriz é obrigada por sua agente a seguir com a mentira e tratar bem aos fãs e a mídia que querem saber tudo sobre o processo criativo.

Durante o lançamento da obra, ela recebe diversos presentes, inclusive uma cópia do seu próprio livro autografada pelo ghostwriter. Kika resolve ir atrás dele, para conhece-lo e falar que ela não é tão fútil quanto a mídia pinta. Para isso, ela conta com a ajuda de Vladimir (Daniel Furlan), um atendente da FNAC – local do lançamento do livro – para ir atrás do escritor. 

A trama roda em dois planos, o primeiro mostra Kika tentando seguir o que a mídia quer e o que os fãs precisam, sua luta para conquistar um grande papel na mais nova novela e a disputa de contratos com uma atriz famosa – e mais velha – e o segundo, mostra uma Kika mais simples, que luta contra seu TOC, que sofre com seu namorado Caio (Bruno Gagliasso) que só pensa em sexo e em momento algum ajuda nossa protagonista em suas lutas.

O filme é uma comédia e conta como alguns momentos exagerados, mas se não fosse exagerado, não teriam colocado a Tatá no enredo. Ela é sensacional! Acompanho a carreira dela desde a MTV e vejo que em alguns momentos, a mídia tenta vende-la como algo que ela não é. Nesse filme é possível ver uma Tatá atriz, não apenas a comediante “sem noção”. 

Acredito que base da crítica inserida em TOC é relacionado ao surgimento instantâneo de subcelebridades e suas fórmulas: Surge > Propagandas > Filmes/Novelas > Livros. E nós sabemos que essas pessoas públicas precisam aproveitar enquanto são notícias para conquistar um espaço maior e mais fãs. 

TOC também possui uma trilha sonora ótima, além de fazer pequenas referencias a Timbalada e Cidade Negra, há “Nosso Sonho” de Claudinho e Bochecha, “EVA” de Rádio Taxi e o ápice em minha opinião de “Ouro de Tolo” de Raul Seixas. 

“Eu devia agradecer ao Senhor / Por ter tido sucesso / Na vida como artista / Eu devia estar feliz / Porque consegui comprar / Um Corcel 73 / Eu devia estar alegre / E satisfeito / Por morar em Ipanema / Depois de ter passado fome / Por dois anos / Aqui na Cidade Maravilhosa / Ah! / Eu devia estar sorrindo / E orgulhoso / Por ter finalmente vencido na vida / Mas eu acho isso uma grande piada / E um tanto quanto perigosa”

Essa canção passa durante a ascensão de nossa protagonista durante um período de depressão. Onde somente ela sabia o que estava sentindo e as câmeras só focalizavam o sorriso falso em frente a elas.

O filme foi gravado em São Paulo e traz algumas referências para os moradores da cidade como a Av. Rebouças, FNAC Pinheiros e a grande Osasco. Aliás as filmagens de Osasco começaram com Cachorro Quente e Pombos. Segundo os moradores da Terra de OZ é o que mais tem.

Werneck como já citei foi uma grande atriz durante o filme e se manteve bem durante toda 1h 36m, porém, é claro que as interpretações de Vera Holtz, Luis Lobianco, Daniel Furlan e Ingrid Guimarães não deixaram barato, aliás, sem eles o filme não teria a menor graça.

O final de TOC não é nada daquilo que estamos acostumados e esperamos depois de assistir uma comédia então, não fiquei no aguardo de um final feliz. Você terá um final real e eu gostei disso. Bem mais maduro, adulto e coerente.

Como é deduzido pelo título, também fala sobre a doença TOC. O que eu achei interessante, mas não curti muito a forma como “a cura” foi feita no decorrer da obra.

Transtornada Obsessiva e Compulsiva é uma comédia dramática que com base do que temos em questão de filmes nacionais cumpre bem com seu papel. Ele trata a necessidade de irmos atrás de nossos sonhos e que não há problema nenhum em ligar o foda-se uma vez ou outra.

Beijinhos,