Três Faltas e você será Foracluído - Nilo Barroso

Oi vocês, 

Há um tempo atrás eu fui convidada pela Oasys Cultural para conhecer a obra Três Faltas e você será Foracluído. Hoje eu venho contar um pouco da minha experiência com a obra. 

Título: Três Faltas e você será Foracluído

Autor: Nilo Barroso

Editora: 7 Letras

Páginas: 256

Sinopse: No espaço-tempo deste romance, Nilo Barroso consegue contrair e expandir o inimaginável: nestas páginas o autor mistura um amplo leque de referências da cultura pop contemporânea, desde livros, filmes e seriados de ficção científica, de Jornada nas estrelas a Blade Runner, da mitologia grega a a teorias de hiperespaço e das supercordas, passando por observações freudianas, grandes conspirações da CIA e por fatos históricos, como as guerras greco-persas, numa trama policial originalíssima que envolve ainda uma obsessão amorosa. A repetição de algumas cenas ocorre como recurso narrativo, numa espécie de metalinguagem da quarta dimensão, abrindo espaço para que o leitor embarque numa viagem no tempo junto com os personagens deste enredo fantástico.

Começo essa resenha muito triste, pois não gosto de fazer críticas negativas, mas entendo que esse é o meu papel como blogueira literária. E gostaria de informar que a obra não funcionou comigo, mas pode ser diferente com você. Em Três Faltas (...) nós conhecemos o brasileiro Coxo, funcionário de um Starbucks movimentado da capital norte americana, Hugo Mandrix, um homem disposto a modificar a ordem cronológica para viver uma paixão com Helena e o detetive Marion Crane que está responsável por um homicídio triplo.

A obra é dividida em partes e cada capítulo é narrado por um personagem. A história se passa em 1997 em Washington, e aí começa o meu problema com a obra. Não sei se o fato do autor ser um diplomata influi nisso, mas a escrita é tão rebuscada e culta que eu não consegui me conectar com o enredo. Eu entendo que em alguns estilos o português coloquial faça sentido, ou o período em que a obra se passa ou até mesmo quando o livro foi lançado, mas nesse caso não fazia muito sentido. Pelo menos para mim.

O livro é de 2019, a obra se passa em 97, então eu acho que é meio difícil que em uma conversa informal alguém se comunique com “(...) este deveria ser o epitáfio deste século atroz (...)” ou trechos como “e num instante, enevoaram-se-lhe os olhos. De modo inoportuno e violento, viu bracejar dentro de si a imagem de Helena”. 

E com a escrita tão rebuscada, a leitura acabou se tornando cansativa e complicada. O autor usa diversos elementos da cultura pop da época e em alguns casos adiciona notas para explicar o que é. Isso me atrapalhou um pouco, pois como não estava tão conectada com a história, era só mais um ponto de distração para mim.

Eu tentei de todas as formas me conectar com o enredo e com os personagens, mas foi muito difícil. E acredito que essa resenha está refletindo isso, eu realmente estou triste por não conseguir compreender a obra. Depois que terminei a leitura, fui em busca de outras opiniões e vi que não fui a única que não consegui entender de primeira o enredo. Creio que isso é um problema grave, pois se uma obra se torna confusa para mais de uma pessoa, há um ruído na comunicação.

A escrita pode ser rebuscada, mas o enredo não pode ser confuso a ponto de o leitor não sentir conforto durante a obra. Não sei se o fato de eu não ter costume de ler obras que falem sobre viagem no tempo tenha influenciado, mas como citei, acho que um livro precisa ter uma linguagem “universal” para que todos possam vivenciar aquela história.

Eu tô muito triste por não ter conseguido gostar da obra, mas como disse, isso foi algo que aconteceu comigo. Talvez com você pode ser diferente. Agradeço à Oasys Cultural pelo apoio e envio do livro, e principalmente por não ter desistido do ECEM durante seu hiato. 

Beijinhos,