Verity - Colleen Hoover

Oi vocês,

Quando eu voltei ao blog meses atrás, muitas coisas novas estavam sendo divulgadas que eu não sabia. Com o passar dos dias, fui lendo cada vez mais resenhas sobre Verity, da Colleen Hoover e minha curiosidade foi aumentando. Não esperei muito até adquirir um exemplar e hoje venho contar sobre minha experiência com a obra.

Título Original: Verity

Autora: Colleen Hoover

Tradução: Thaís Britto

Páginas: 320

Editora: Galera Record

Sinopse: O amor é capaz de superar a pior das verdades?

Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história... E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série. Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity – e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente – incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal. Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?

Verity é o primeiro thriller da Colleen Hoover e é o meu primeiro contato com a escrita dela também. Tentei ler Um Caso Perdido, mas o clima melancólico da obra me fez desistir. 

Nessa obra vamos conhecer Lowen Ashleigh (as vezes eu tenho impressão que os autores batem no teclado e o que surgir vira nome e sobrenome) uma escritora a beira da falência – segundo a própria sinopse – que está a caminho de uma reunião que pode mudar sua vida. 

Quando ela estava a poucos metros de seu destino, presenciou um acidente horrível que a deixou transtornada. Nesse momento, ainda na rua, ela conhece Jeremy, um homem bem apessoado que a ajuda a encontrar um local seguro para se limpar. Ela não entende o motivo pelo qual Jeremy é tão gentil com ela e se sente um pouco desconfortável com a situação. Ela torce para nunca mais o ver na vida, mas mal sabia que a reunião da vida dela era com ele.

Jeremy é marido da famosa Verity Crawford, uma escritora best seller que sofreu um acidente de carro e está indisponível para continuar sua série de livros. Ele, junto da editora de Verity estão em busca de uma autora que possa dar continuidade ao trabalho enquanto sua esposa está de cama.

O valor oferecido pela família é absurdamente alto, e Low nunca recebeu isso com as vendas de seus livros. Fora isso, ela também sabe que assumir esse contrato é um compromisso muito grande. Principalmente pelo fato de Low não é muito fã de eventos e entrevistas. Ela acaba aceitando o trabalho, pois entende que essa é uma oportunidade de ouro e para começar a dar início ao trabalho, ela vai até a casa dos Crawford para recolher material.

Low fez uma pesquisa sobre o imóvel e sobre a família que parece viver sobre um azar gigante, as filhas gêmeas do casal morreram e a esposa está em – digamos – estado vegetativo depois de um acidente. E eu falo "digamos" pois, não fica muito claro o que ela realmente tem segundo os médicos. Tudo no local é melancólico. O filho mais novo do casal é uma criança bem esperta, mas também parece ser cheio de segredos. 

“Algumas famílias têm a sorte de não viver nenhuma tragédia. Mas, para outas, é como se tivesse uma tragédia aguardando a cada esquina. Tudo o que pode dar errado dá. E depois fica ainda pior”

Quando a protagonista chegou na casa, seu objetivo era ficar dois ou três dias, mas isso se estendeu mais que o esperado. Isso porque Low encontrou um manuscrito de uma autobiografia de Verity que mostrava que ela não é quem parecia ser.

O livro é escrito em primeira pessoa através do olhar de Low e seus capítulos são intercalados com a leitura do manuscrito de Verity, também escrito em primeira pessoa. Tenho vários pontos para falar sobre essa obra, mas primeiramente quero dizer que gostei muito da leitura. Muito mesmo. Eu não gosto muito de thrillers, normalmente decifro o enredo bem antes e a obra acaba perdendo a graça. Nesse livro, eu descobri um dos plots, mas fiquei feliz em saber que ainda havia como me surpreender. 

“O mundo inteiro era seu caderno. Nenhuma superfície estava a salvo”

A escrita de Colleen é bem direta, há detalhes suficientes para te envolver na leitura, mas não o bastante para te cansar ou confundir. 

Enquanto estava lendo os trechos do manuscrito de Verity eu confesso que fiquei um pouco angustiada. Havia trechos que me deixaram sem ar e com ânsia de vômito tamanha frieza em suas palavras ao descrever as cenas e suas atitudes. O livro todo possui diversos gatilhos que fazem com que você pare para respirar um pouco até conseguir voltar para a leitura. 

“Era como se a minha família estivesse dentro de um globo de neve. Lá dentro era tudo aconchegante e perfeito, mas eu não fazia parte. Eu estava do lado de fora, olhando”

Mas infelizmente, há pontos que precisavam de um cuidado maior. Achei um pouco forçado esse encantamento tão rápido de Low com Jeremy, mas parando para analisar isso é quase um padrão em alguns gêneros. Acho que essa paixão de Low vem do histórico de vida da personagem sempre sozinha e da inveja que sentia de Verity. Achei a forma como o enredo se desdobrou bem coerente, mas é impossível não perceber pontas soltas no final do livro.

Muitas coisas ficaram sem explicação, mas eu acho que isso tem relação com a falta de experiência da autora no gênero e também a pressa pela publicação. Pelo o que li, foi uma publicação independente a princípio e ela estava com um prazo apertado para entrega. Acredito que se ela passar a se dedicar mais para obras nesse estilo, vai conseguir melhorar esses pontos.

Em suma, a leitura de Verity foi surpreendente e cumpriu com todas as expectativas que eu estava com a obra, não tenho muito costume de ler o skoob e opiniões em relação aos livros que estou lendo, para não me influenciar, a não ser quando vejo em blogs amigos, como foi no caso dessa obra, mas me disseram no @entrechocolatesemusicas que a obra sofreu muito hate quando lançada. Eu não entendi o motivo. Achei que cumpriu com o seu papel. 

“Não importa para qual lado eu olhe nessa história, está claro que Verity era mestre em manipular a verdade. A unida pergunta que fica é: que verdade ela estava manipulando?”

E você, já leu a obra ou tem curiosidade? Lembrando que caso tenha interesse, compre o Verity através desse link, assim você me ajuda a manter o blog no ar.

Beijinhos,