EC&M Entrevista - Amanda Ághata Costa

Oi vocês,

O EC&M Entrevista está de volta! E a entrevista de hoje é com nossa parceira Amanda Ághata, autora do livro A Escolhida, que já foi resenhado aqui. Estava esperando o layout novo para trazer essa entrevista para vocês, e espero do fundo do coração que vocês gostem.

Amanda Ághata Costa nasceu em 21 de Outubro de 1993, numa pacata cidade do interior de Santa Catarina. Estudante de Pedagogia e amante das palavras desde a infância, jamais imaginou que um dia sua voz seria ouvida. Com papel e caneta em mãos, espera poder tocar as pessoas com suas histórias, fazendo-as vibrar e amar cada fragmento das mesmas. De todas as coisas do universo, se aventurar nos mares da fantasia é sua maior paixão. A trilogia A Escolhida é seu romance de estreia.

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Entre Chocolates & Músicas: Se apresente ao público, quem é Amanda, quando e como foi seu primeiro contato com a leitura?

Amanda Ághata: A Amanda é uma pessoa diferente do que todos supõem. Sim, ela tem 21 anos, mora no interior de Santa Catarina e é formada em Pedagogia, mas a verdade é que, além disso, existem milhares de detalhes sobre a verdadeira Amanda. Ela demonstra ser sociável, só que treme durante horas se tem que falar com alguma pessoa que desconhece. É uma garota que pensa mais no futuro do que no presente, e exige muito de si mesma, de modo que sempre tenta fazer o melhor que pode. Começou a ler desde muito cedo, e descobriu na escrita um refúgio que jamais tinha encontrado em outro lugar. Assim como a Ari, ela também é uma incógnita, porém costuma ser muito mais dócil do que a protagonista em questão.

EC&M: Quando surgiu a vontade de escrever um livro? 
Amanda: Sempre digo que escrever um romance não foi uma decisão antecipada, devidamente estruturada ao longo dos anos. Nunca tive planos de escrever um livro, nem de me expor com qualquer coisa que viesse a pôr no papel. Sou uma pessoa tímida, completamente introvertida, e saber que várias pessoas estariam lendo textos que saíram da minha cabeça, me parecia meio assustador. Acho que ainda é, afinal de contas. É um desafio muito grande ter a consciência de que errando ou acertando, é a sua essência que está naquelas páginas. Se não gostarem, automaticamente, você entende como um: “Essa pessoa nunca concordaria comigo. Não gostaria de mim”. Só que ao mesmo tempo, precisa entender que ninguém aprova completamente as características alheias. É a diferença da humanidade que torna tudo mais interessante. Se todos gostassem das mesmas coisas, o mundo seria sem graça. Foi a partir de uma ideia mirabolante, que comecei a delinear todo o universo em que a história acontece e não me arrependo de ter mergulhado no corpo e cérebro da Ari. Escrever sobre a vida dela torna os meus dias ainda mais inspiradores.

EC&M: Qual foi a inspiração para escrever A Escolhida? O cenário? Os personagens foram inspirados em coisas do seu dia-a-dia, pessoas, momentos etc? E porque uma trilogia?
Amanda: Tudo foi muito repentino, na realidade. De repente eu me vi um com roteiro traçado, desde o início até o final da história (que no primeiro momento, seria contada em um volume único). Falar de inspiração é meio complicado, porque tudo me inspira, e livros sobre anjos sempre me encantaram. O cenário e os personagens foram definidos com certa facilidade, porque eu gosto de criar lugares novos e adoro determinar as personalidades. Tenho fascinação pela mente humana e pela forma que todos se comportam de maneiras distintas, mesmo que sejam semelhantes. Buscar mais a fundo sobre a veracidade dos personagens foi algo com que eu me preocupei bastante, ainda mais por eles serem inspirados em pessoas reais. Grande parte da história foi inspirada em situações cotidianas, mesmo que o livro seja firmado em um ambiente totalmente fictício e fantasticamente impossível. Devido ao rumo que o romance acabou tomando, a ideia de transformá-lo em uma série veio à tona. Não foi uma decisão fácil, pois como autora independente eu sei da dificuldade em conquistar o leitor e fazê-lo querer prosseguir com a leitura, além da própria dificuldade como escritora, em dar continuidade aos acontecimentos sem perder o fio da meada. No entanto, havia três opções pra mim: ou eu optava por novas sequências, ou fazia um volume único gigantesco, ou teria que cortar tudo pela metade. Os leitores não mereciam isso, então decidi investir no mais arriscado, porém mais justo.

EC&M: Quais foram as maiores dificuldades para publicar seu livro?
Amanda: A escolha dos profissionais que me ajudaram na editoração do livro foi uma grande barreira que precisei enfrentar sozinha, caindo e levantando, me virando para dar conta do recado. A escolha da gráfica e os preços altos também me fizeram desanimar no início, além da falta de estímulo de algumas pessoas que achavam que sendo autora independente, eu não conseguiria publicar o livro. Diante de um investimento tão alto quanto este, em termos emocionais e também financeiros, toda a falta de fé dos que estão ao seu redor, acaba abalando a estrutura psicológica como autor.

EC&M: Em conversa, você disse que o inicio do livro é um pouco confuso, porque resolveu utilizar esse método?
Amanda: Sim, o leitor inicia a leitura sabendo exatamente o que a protagonista sabe. O que é quase nada, para ser sincera. Quis que as pessoas se sentissem na pele da Ari, temendo pelo desconhecido e vivenciando todas as descobertas junto com ela. Pode ter sido um tiro no escuro, mas acho que foi uma boa forma para que todos se situassem aos poucos naquela realidade desestruturada, sem receber todas as informações de uma só vez.

EC&M: Qual sua opinião sobre as novas plataformas online de publicação – Watpadd e Widbook – tem planos para publicar nelas?
Amanda: Acho incrível! Aliás, publiquei pelo Wattpad antes de partir para a publicação do livro impresso. Tive uma recepção tão especial lá, que acabei me encorajando para dar um salto na minha carreira. Essas plataformas abrem o caminho para autores que não confiavam tanto no seu potencial, mas que acabam mostrando e provando pra eles mesmos que têm muito a oferecer.

EC&M: Quais dicas você daria para os novos autores?
Amanda: As dicas são simples e acabam sendo repetidas diariamente, mesmo depois de algum tempo. Todos os dias eu levanto, acordo, e penso mais uma vez: “O trabalho acabou... de começar”. Não tem tempo ruim, não existe crítica alguma, que faça um autor determinado a desistir do seu sonho. Motivação e persistência são âncoras na carreira e devem estar nos puxando para dentro da batalha, mesmo quando alguns e outros disserem o contrário. Se você quer, você consegue. Talento é questão de colocar a alma naquilo que se faz. Tendo foco e escrevendo com amor, o seu lugar no coração dos leitores estará bem reservado.

EC&M: Quais são seus planos futuros? Já tem previsão para continuação dos livros ou um novo romance?
Amanda: Até o primeiro semestre de 2016, a série (4 volumes) A Escolhida estará finalizada. Este é o plano. Em seguida, um novo projeto começará a ser escrito e vai fugir totalmente do gênero de fantasia. Não vou dar muitos detalhes por que eu adoro deixá-los curiosos, mas o próximo livro terá muito mistério, dramas bem peculiares, uma pegada meio policial e contará com um romance de tirar o fôlego. Espero poder dar mais detalhes em breve.

EC&M: Deixe uma mensagem aos leitores e os convide para ler sua obra.
Amanda: Antes de tudo, quero agradecer aos leitores que tornam a minha vida mais emocionante e intensa. Não existem palavras que expressem tudo o que eu sinto quando vejo um comentário a respeito do livro. O meu sonho se torna realidade todos os dias, e é por vocês e para vocês que eu continuo compartilhando o que eu escrevo. Tanto carinho não poderia ser mais bem recebido! Meu coração já está até inchado por causa de tudo o que me dedicam. Obrigada! E se você ainda não conhece o meu romance, o convido a permitir que a Ari encontre um espaço no seu coração também. Repleto de descobertas, A Escolhida vai te conquistar. Grande beijo!

Agradeço à Amanda pelo carinho que sempre teve com o EC&M, espero que gostem.

Beijinhos,