A Rebelde do Deserto - Alwyn Hamilton

Oi vocês,

Estamos de volta!! Apenas alguns updates sobre o que aconteceu essa semana que se passou:

• Rolou os dois sorteios de aniversário e os vencedores foram: Luciane Eleoteria (promoção no blog) e @elenycesantos (promoção do Instagram). Já entrei em contato e em breve estarei enviando o prêmio, só me falta tempo.
• Consegui entregar a primeira parte do TCC e agora é só aguardar a pré-banca para defesa. 
• Voltei a ler como antes e por isso vamos finalmente falar sobre um livro ótimo que recebi da Companhia das Letras.

Título Original: Rebel of the sands
Autora: Alwyn Hamilton
Editora: Seguinte
Páginas: 283
Sinopse: O deserto de Miraji é governado por mortais, mas criaturas míticas rondam as áreas mais selvagens e remotas, e há boatos de que, em algum lugar, os djinnis ainda praticam magia. De toda maneira, para os humanos o deserto é um lugar impiedoso, principalmente se você é pobre, órfão ou mulher.
Amani Al’Hiza é as três coisas. Apesar de ser uma atiradora talentosa, dona de uma mira perfeita, ela não consegue escapar da Vila da Poeira, uma cidadezinha isolada que lhe oferece como futuro um casamento forçado e a vida submissa que virá depois dele.
Para Amani, ir embora dali é mais do que um desejo — é uma necessidade. Mas ela nunca imaginou que fugiria galopando num cavalo mágico com o exército do sultão na sua cola, nem que um forasteiro misterioso seria responsável por revelar a ela o deserto que ela achava que conhecia e uma força que ela nem imaginava possuir.

Primeiro livro de uma série, A Rebelde do Deserto é uma obra diferente das que estamos acostumados no universo literário. 

O enredo se passa em Miraji, um deserto governado por mortais, porém, rodeado por criaturas místicas. Viver em um deserto não é fácil para ninguém, mas é muito pior quando se é pobre, mulher ou órfão. Nossa protagonista se encaixa em todos esses quesitos. Amani Al’Hiza é uma jovem que luta há muito tempo por uma liberdade que ela sabe que não existe. Depois do julgamento e enforcamento de sua mãe, ela está prometida para seu tio, mas sonha em fugir para não ter viver submissa por uma sociedade extremamente opressora. 

Depois de diversas tentativas frustradas, Amani finalmente consegue sair de Miraji, o que ela achou que seria o fim dos seus problemas acaba sendo apenas o começo. 

Em uma determinada cena, ela conhece Jin, um jovem forasteiro que se torna a solução – ou não – de alguns se seus problemas. A química entre os dois é algo palpável e muito bonita, nada muito rápido e tudo muito sutil. Aliás, essa química está mais para uma grande parceria do que para um amor mesmo. 

“Tia Farrah sempre dizia que eu fazia todo tipo de burrice só para provar que alguém estava errado. Talvez ela estivesse certa.”

Você deve estar se perguntando o porquê eu disse que é algo diferente do que estamos acostumados. Simples, a autora não focou no romance, não transformou Amani em uma mulher frágil ou coitada por todas as lutas que teve que lutar. Amani é uma jovem de 16 anos com atitudes adulta e convincente, sem nenhum mimimi e totalmente determinada! O que é lindo de ver, afinal, alguns autores ainda vive descrevendo seus personagens de maneira submissa.

Outro diferencial é o local do enredo, nunca li nada que se passasse em deserto então amei e me encantei com os detalhes da obra. O livro tem um Q de fantasia, o que poderia ser um problema para mim que não sou muito fã do estilo, mas ao contrario, me encantei com tudo. 

“Não importava aonde fôssemos, nada mudaria o que éramos...”.

Demorei MUITO para concluir a obra, pois tive que me dedicar à faculdade, mas posso afirmar que quando você começa a ler a obra se sente sugada para o universo criado pela jovem Alwyn. 

A parte gráfica está espetacular! A editora Seguinte arrasou tanto no interior do livro, quanto na capa que é bem maravilhosa né? Não localizei nenhum erro gramatical durante a leitura, o espaçamento está ótimo e as fontes e folhas proporciona uma leitura agradável.

Pelo o que eu li é uma série, mas o livro terminou de uma forma OK. Sem aquela sensação de MEUDEUSPRECISODOPRÓXIMO, pelo menos não me senti assim, mas com toda certeza lerei qualquer outra obra da autora, afinal, me encantei com sua escrita. Leitura aconselhada.

“Sabe, não acreditava em destino até conhecer você. Aí eu comecei a achar que a coincidência jamais teria um senso de humor tão cruel.”

Beijinhos,