Harry Potter e a Criança Amaldiçoada - J.K. Rowling, Jack Thorne e John Tiffany

Oi vocês,

No final do ano passado, recebemos da nossa parceira Editora Rocco um exemplar de Harry Potter e a Criança Amaldiçoada e como eu não li ainda os livros da saga – não me matem! – eu solicitei que a Pamella do Minuto Tech lesse e nos dissesse o que achou da obra, e hoje vocês conferem o resultado.

Título Original: Harry Potter and Cursed Child

Autores: J.K. Rowling, Jack Thorne e John Tiffany

Páginas: 352

Editora: Rocco

Sinopse: Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados. 

Ansiosamente aguardado por milhões de fãs, o oitavo livro da saga de maior sucesso de todos os tempos chega às livrarias de todo o Brasil no dia 31 de outubro, em edições brochura e capa dura. Harry Potter e a criança amaldiçoada é a edição impressa do roteiro de ensaio da peça escrita por J.K. Rowling em parceria com Jack Thorne e John Tiffany, que está em cartaz em Londres e se passa 19 anos após os acontecimentos narrados em Harry Potter e as Relíquias da Morte.

“Harry Potter e a Criança Amaldiçoada” é o nono livro oficial do mundo magico de Harry Potter criado por J.K Rowlling, que marcou gerações e resultou em filmes derivados do mesmo universo. E este livro que é um roteiro de uma peça de teatro com a mesa alcunha escrito por John Tiffany e Jack Thorne, com aprovação da autora.

Em “A Criança Amaldiçoada” somos levados para o ponto exato onde o “Relíquias da Morte” nos deixou, com Harry e Gina levando seus filhos para a plataforma 9 ¾, além de Rony e Hermione com sua filha Rosa e Draco Malfoy com Escórpio, seu filho.

Alvo Severo, o filho do meio da família Potter é um menino com medo do primeiro ano de Hogwarts sofrendo provocações constantes do seu irmão Thiago, acaba fazendo amizade no trem com Escórpio, que ao contrário de seu pai, é um menino doce e divertido, mas ainda sim um Malfoy e carrega com ele um terrível rumor de que seria filho na verdade de Voldemort, o que o torna um excluído dentro da escola. Alvo acaba indo para Sonserina se tornando motivo de chacota e enfrenta junto do seu novo melhor amigo.

O livro não mostra o que de fato acontece com Alvo nos três primeiros anos de Hogwarts, mas de certo é o motivo principal para ele odiar levar o nome “Potter” e criar um vínculo inexistente com Harry, tornando o convívio dos dois, explosivo em alguns momentos. 

O Ministério da Magia agora está sob o comando de Hermione e junto com Harry, que agora é o Chefe do Departamento de Execução das Leis Mágicas,  decide guardar um novo vira-tempo que fora encontrado, porém, o rumor de sua existência se espalha a ponto de Amos Diggory bater na porta de Harry pedindo para usar o vira-tempo e trazer seu filho de volta a vida.

Alvo escuta a conversa e decide fazer aquilo que “seu pai não tem coragem” e voltar no tempo para salvar Cedrico, levando Escórpio consigo e contando com a ajuda da sobrinha de Amos, Delphi.

Com o Vira Tempo como condutar da história temos uma chuva de nostalgia, fã-service e easter eggs. Existem referências de todo o universo da magia no livro, desde os games, até sobre Animais Fantásticos. Se você queria cenas entre Hermione e Rony aqui você tem aos montes, se gostaria de ver mais sobre Harry e Draco, novamente você verá bastante.  Mas o motivo que torna a história saudosa é o mesmo que a torna pobre.

Não se tem elementos que fazem o livro expandir o mundo magico, ao contrário ele anda em círculos, sai do ponto, roda, e volta para o mesmo ponto. A história não cresce, ela usa o passado e as diversas realidades alternativas que cria, para trazer de volta personagens e colocar outros em situações inimagináveis.

Outro ponto a se destacar é de que o livro é um roteiro de peça de teatro, com isso não temos a linguagem romanceada de J.K Rolling, há muitos diálogos, o que leva situações sendo verbalizadas desnecessariamente. 

E por ser uma peça teatral temos mais uma adaptação do universo da magia, personagens como o Rony sofre alterações, onde se torna o alivio cômico da história e em sua grande maioria apenas isso. Já outros personagens parecem ser retratos do que víamos nos filmes e não nos livros como é o caso da Gina e do Cedrico.

Claro que condensar personagens desta maneira causa desconforto aos fãs, mas é necessário entender de que passa de mais uma adaptação, onde a linguagem, o tempo de palco deve ser considerado, mas não justifica a reviravolta fraca e até mesmo sem nexo criada.

Harry Potter e a Criança Amaldiçoada apesar das falhas funciona como uma obra nostálgica aos fãs, sua leitura é rápida e fácil, reencontrar o trio Harry, Rony e Hermione como adultos, passando por problemas como todo mundo, é sem dúvida um ponto positivo, além de ter o Escórpio como uma grata surpresa se tornando o meu personagem favorito do livro.

Beijinhos,