A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard

Oi vocês,

Como eu disse no post passado, eu estava um pouco atrasada - ainda estou - em relação as leituras. Não consegui me concentrar e com isso acabei atrasando tudo por aqui. Essa resenha pertence ao Vida Literária e deveria ter ido ao ar na sexta feira passada, porém, não deu.
Acho que esse livro foi o que eu mais demorei para concluir esse ano. Mas não por ser ruim e sim, por demorar para me conectar com a história. Nesse mês, a Raíssa adorou o livro, a Kamila não gostou e eu fiquei no meio termo. Confira minha opinião para o A Rainha Vermelha.

Título Original: Red Queen
Autora: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 419
Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.

A Rainha Vermelha é o livro de estreia da roteirista Victoria Aveyard e nele conhecemos um novo mundo. Esse novo mundo é dividido em duas partes: vermelhos e prateados. Mare Barrow vive com sua família – ou o que restou dela – em um vilarejo com as demais pessoas que possuem sangue vermelho. Ou seja, um lugar pobre onde só poderiam sobreviver com muito esforço. Ao contrario da sua irmã que tinha uma profissão, Mare estava fadada ao roubo. Ela era tão rápida que as pessoas não percebiam os furtos. Isso não orgulhava seus pais. 

Até que um dia, depois de um encontro misterioso, Mare é convocada para trabalhar no palácio real. Para servir ao rei e os demais prateados. Os prateados, não faziam parte somente da nobreza, eles tinham poderes. Eram separados por casas e cada casa tinha um poder especifico. Durante a Prova Real – evento para que a nova princesa seja escolhida -, a jovem passa por uma situação que mostra que ela tem mais valor e poder que até mesmo possa acreditar.

"Ele não entende o que são esses shows. Não se trata de um simples entretenimento, um descanso para o nosso trabalho cansativo. É uma mensagem fria e calculista. Apenas prateados podem lutar na arena porque apenas eles podem sobreviver à arena."

Mare agora tem que conviver com pessoas que odeia e defender ideais que não acredita para sobreviver e entender que de uma forma ou de outra: todo mundo trai todo mundo.

Acho que só sirvo para machucar as pessoas...

Narrado em primeira pessoa, por Mare conhecemos Norta, um mundo em que os prateados juram viver em paz. Mas é claro, eles são os únicos beneficiados pelo conforto da Capital.  Já os vermelhos, vivem a sombra deles, sempre trabalhando para ter o mínimo. Nossa protagonista sempre foi contra essas injustiças e a partir do momento em que é obrigada viver no meio deles, ela precisa aprender a ser mais forte do que pensa. 

"Contudo, você também é algo mais. Algo que não posso compreender. Você é tanto vermelha quanto prateada, uma peculiaridade com consequências fatais que é incapaz de entender. Então, o que faço com você"

Essa obra é a primeira de uma trilogia e cumpre bem o papel. Ela apresenta o mundo novo e com todos os detalhes a autora consegue criar um lugar bem interessante. É impossível não comparar com a não trilogia A Seleção. Rei malvadão, prova para escolha de princesa, triangulo amoroso. São elementos presentes nas duas obras. A diferença entre as duas? Victoria, ao contrario de Kiera, focou em criar um universo e uma guerra e deixou o triangulo um pouco de lado. 

"Pensar que todos os prateados são maus é tão errado quanto pensar que todos os vermelhos são inferiores."

O que mais me agradou com toda certeza foi descobrindo tudo junto com a personagem, acho que esse mistério faz a leitura fluir. Mas acredito que se a obra fosse narrada em terceira pessoa, eu curtiria mais. Quando as resenhas dessa obra começaram a pipocar na minha timeline, eu fiquei “SOCORRO EU PRECISO” e acho que isso acabou me decepcionando. Não foi uma distopia diferente de tudo o que já vi por ai – como já disseram. Acho que como A Seleção, o que eu mais gostei, foi à escrita do à história em si.

Dividi o livro em três partes: o inicio que é arrastado e chato, o meio que é quando começa a ação e te prende e o final que a melhor parte. Victoria não correu para terminar o livro, porém, deixou aquele final em aberto que odiamos. 

Esse mundo é tão perigoso quanto belo.

A capa desse livro é sensacional! Não tem quem não goste e a diagramação é bem simples, encontrei alguns erros durante a leitura, mas nada demais. Seguinte já divulgou um conto relacionado à obra – opa parece mais uma comparação com A Seleção, não é mesmo? – está gratuito na Amazon.

Em suma, A Rainha Vermelha é um bom livro. Nada muito diferente do que estamos acostumados, mas com uma escrita sensacional. Leitura aconselhada.

"Esse livro não era o que eu esperava. são muitas informações sobre a vida nesse mundo e, sem falar que todos traem a todos como se fosse algo natural. a autora também não ajuda quando coloca muitos detalhes sobre as Casas e seus moradores. Enfim, a história deixou a desejar comigo" - Resenha e Outras Coisas

"Esse livro é recheado de acontecimentos eletrizantes e sanguinários. Comecei a ler e, de repente, me vi presa à narrativa de tal forma que não conseguia mais parar. Fiquei umas três noites indo dormir às duas ou três da manhã (isso em dia da semana hahaha) porque precisava loucamente saber o que aconteceria a seguir." - O Outro Lado da Raposa

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Beijinhos,