Oi vocês,
No começo do ano, rolou uma corrente entre meus amigos de Facebook. Não, eu não costumo participar de correntes, nem de promoções (acho que o fato de não participar das correntes enviadas que me dá azar pra perder todas as promoções que participo), mas essa era diferente. A corrente consistia em, divulgar um pequeno texto informando que as 5 primeiras pessoas que curtissem e comentasse ganharia um livro, automaticamente, quem comentava tinha que colar esse mesmo texto no seu mural e esperar a 5 pessoas fazer o mesmo. As únicas regras seriam, a pessoa autora da "corrente" escolheria o livro mais adequado e teria até o final de 2014 para entregar. Calma amigos, eu vou entregar!
O meu primeiro livro chegou semana passada e foi o "Um Sorriso Ou Dois". Confesso que fiquei com um certo receio de ler, não sei vocês, mas eu tenho essa mania de ficar admirando um livro até ter coragem de ler. Comecei ler ele aos poucos durante o intervalo do serviço, ainda com receio, até que no sábado me entreguei totalmente a leitura, e terminei no domingo em menos de uma hora.
Um Sorriso ou Dois
Título Original: Um Sorriso Ou Dois - Para Mulheres Que Querem Mais
Autor: Frederico Elboni
Editora: Benvirá
Páginas: 224
Sinopse: Para Frederico Elboni, não existe certo ou errado quando os sentimentos estão em pauta. O que importa é encontrar harmonia e equilíbrio entre quem somos e o que fazemos; entre nossas ações e nossas perspectiva diante da vida.
E consciente de que mulheres trazem na bagagem alguns conflitos internos em relação ao mundo e aos homens - e haja conflito! -, esse jovem autor se dirige a elas: mulheres apaixonadas, decepcionadas, ingênuas, destemidas... Todas ansiosas por palavras que façam abrir em seu rosto um lindo e incessante sorriso. Ou dois.
Não sei como começar uma resenha sobre esse livro, porque eu não "acabei" com o livro, ele acabou comigo. Em certos momentos eu me vi nua - se assim pode-se dizer - com as crônicas e contos ditados no livro. Parecia que o autor me conhecia por inteiro, minhas atitudes erradas, meus medos e desejos, minhas inseguranças.
Frederico usa pequenos contos para nos explicar como "funciona" vamos dizer assim, o universo masculino e de uma forma simples, nos faz entender esse universo. Não, em momento algum ele dita as regras de um relacionamento perfeito, alias ele deixa isso bem claro. Mas ele conta de um jeito único coisas que com toda certeza desse mundo, uma de nós já passou em algum relacionamento e não entendeu, ou não sabia como agir.
Vi vários relacionamentos que conheço descritos ali, vi o meu em algumas partes, alias 55% dele é o que eu vivo e os outros 45% o que eu gostaria de viver. Me peguei pensando em vários momentos, será que isso acontece? Ele existe? Será que existe um manual feminino? Não é possível outras pessoas ter as mesmas incertezas, atitudes e medos que eu...
O livro me "arrancou" muito mais do que um ou dois sorrisos, me tirou a neura de varias coisas. Parece loucura mas eu conversei com o livro HAHA e era como se ele tivesse me respondendo. Me senti feliz, triste, confusa, excitada e agora com um vazio enorme pelo fim do mesmo. É engraçado, eu prefiro ler ou ouvir conselhos ou até dicas de relacionamentos masculinos do que uma mulher, eles falam de uma forma muito mais clara e simples.
Eu não conhecia o autor, mas já fui apresentada ao blog Entenda Os Homens (que vai me ajudar na depressão pós-termino de livro). No blog também há contos e cronicas do cotidiano e muito mais.
Vale a super a pena. E eu super aconselho. Aaah muito obrigada André, pelo presente, eu adorei! :)
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Imagem: Google |
Não existe uma parte que eu diga que gostei mais, o livro é todo incrível, escolhi uma parte só pra deixar vocês curiosas (os).
Mude seus hábitos, depois o mundo
Frederico Elboni
Reclamamos do calor, mas não abrimos a janela para olhar o sol. Conotamos como urgente a presença de um feriado, mas desmerecemos o mesmo caso nada de divertido aconteça. Mentimos para nós mesmos para nos escoltar dos nossos próprios julgamentos, mas categorizamos qualquer mentira alheia como deslavada. Designamos uma repulsa por sempre ter a mesma coisa para comer, mas não nos dispomos a levantar e fazer algo diferente.
Citamos como descaso um animal perambulando pela rua, mas não deixamos o nosso gosto capitalista e padronizado de lado para adotar um companheiro às vezes nem tão belo assim. Cuspimos a péssima qualidade da educação pública, mas vamos para os locais de ensino sem vontade de aprender. Pregamos o moralismo nas redes sociais, mas não olhamos na cara do porteiro.
Buscamos volta e meia fugir de alguma blitz, mas reclamamos da falta de policiais nas ruas. Achamos burrice que nossa felicidade dependa da aprovação de terceiros, mas temos medo dos julgamentos alheios. Discorremos amar o sol, mas procuramos a sombra. Gostamos de misturar doces e salgados, mas não respeitamos os gostos alheios. Queremos sempre mais, mas não repensamos se realmente somos merecedores de mais.
Cobramos amizades fidedignas, mas não esperamos elas saírem de vista para tecermos comentários questionáveis. Queremos mais rapidez e acessibilidade da tecnologia, mas afrontamos a falta de brandura das pessoas. Deixamos de ajudar um mendigo por pré-julgamento de uso para alcoolismo, mas reclamamos que o mundo está carente de gentilezas.
Questionamos a programação televisiva, mas não trocamos um capítulo de novela para ler um livro. Dizemos não encontrarmos pessoas interessantes, mas por um momento não largamos a tela do celular para arriscar um simples olá. Observamos os erros alheios de uma ótica próxima, mas não damos três voltas dentro de nós mesmos. Sabemos receber todo amor do mundo, mas não sabemos perdoar os erros por excesso dele.
Acordamos com preguiça de levantar da nossa cama quentinha, mas classificamos pessoas sem condições de esmorecimento. Colocamos atenção em acusações injustas sobre nós, mas não olhamos quem colabora com opiniões regadas de amor e esmero. Estamos constantemente munidos de críticas, vulgo construtivas, mas não sabemos nos desnudar perante uma.
Não abrimos mão do nosso conforto diário, mas indagamos sobre a poluição mundial. Queremos ligações genuínas com outras pessoas, mas bloqueamos sentimentos por meio de proteção. Gostamos da amplidão dos nossos egos exaltados, mas não aceitamos ser ignorados quando precisamos tanto ser vistos. Procuramos pessoas inteiras, mas só queremos doar metade de nós. Queremos mudar o mundo, mas não mudamos nossos hábitos.
E você já leu ou leria??
Beijinhos,